segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Continuaremos pecando para que a graça aumente? RM 6:1


Você Está Pregando o Evangelho?



D. M. Lloyd Jones


É verdade que, onde abundou o pecado, superabundou a graça; então, permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?


Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? Romanos 6:1

A genuína pregação do evangelho da salvação somente pela graça sempre leva à possibilidade desta censura ser lançada contra a graça. 
Não existe melhor teste para sabermos se um homem está realmente pregando o evangelho do Novo Testamento: algumas pessoas o entendem mal e o interpretam de maneira errada, de modo que chegam à seguinte conclusão: visto que fomos salvos apenas pela graça, realmente não importa tudo que fazemos, podemos continuar pecando como queremos, pois isto redundará em mais glória da graça de Deus. Este é um excelente teste para avaliarmos a pregação do evangelho. Se minha pregação deixa de expor o evangelho ao ponto de gerar este mal-entendido, realmente não estou proclamando o evangelho. 
Pretendo explicar o que estou afirmando. Se um homem anuncia a justificação por meio de obras, jamais teremos aquele entendimento errado. Se ele diz: .Você deseja ir ao céu? Então precisa parar de cometer pecados, viver um vida repleta de boas obras e observar certas coisas até à sua morte, deste modo será um cristão e irá ao céu, quando morrer. 
O pregador da mensagem acima não será acusado de ter dito: Continuemos a pecar, para que a graça seja abundante. Mas todo fiel pregador que anuncia o evangelho tem sido acusado de anunciar uma mensagem que estimula a pecar! Todos eles têm sido acusados de antinomianismo (estar contra a lei). Eu poderia falar a todos os ministros do evangelho: SE A SUA PREGAÇÃO DO EVANGELHO NÃO TEM SIDO ENTENDIDA DAQUELA MANEIRA ERRADA, VOCÊ DEVE EXAMINAR SEUS SERMÕES NOVAMENTE; é melhor certificar-se de que está realmente proclamando a salvação anunciada no Novo Testamento aos ímpios, pecadores, mortos em seus delitos e pecados, inimigos de Deus. Existe um certo elemento de perigo na apresentação da doutrina da salvação.
fonte: site EDITORA FIEL/artigos






Arrependimento é Deixar o Pecado
por
Dwight Lyman Moody

Eu não me dirijo somente ao não convertido, porque sou daqueles que crêem que a igreja precisa se arrepender muito antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo. Acredito firmemente que o baixo padrão de vida cristã está mantendo muita gente no mundo e nos seus pecados. Se o incrédulo vê que o povo cristão não se arrepende, não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa.

Assim, quero pregar tanto para os cristãos como para os não-convertidos, tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador.
Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento:

1. Convicção.
2. Contrição.
3. Confissão de pecado.
4. Conversão.
5. Confissão de Cristo diante do mundo.

Convicção
Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem em suas velhas vidas. Nos últimos anos tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números. Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, eles serão carregados de volta para o mundo.

Creio que é um erro lamentável conduzirmos tantas pessoas à igreja que nunca experimentaram a verdadeira convicção de pecados. O pecado no coração do homem é tão negro hoje quanto o foi em qualquer outra época. Às vezes penso que está mais negro. Porque quanto maior a luz que uma pessoa tiver, maior sua responsabilidade, e por conseguinte maior a sua necessidade de profunda convicção.
Até que a convicção de pecados nos faça cair de joelhos, até que estejamos completamente humilhados, até que tenhamos perdido toda esperança em nós mesmos, não podemos encontrar o Salvador.

Há três coisas que nos levam à convicção: (1) A Consciência; (2) A Palavra de Deus; (3) O Espírito Santo. Todos os três são usados por Deus.
Muito antes de existir a Palavra escrita, Deus tratava com o homem através da consciência. Foi por isto que Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor Deus entre as árvores do Jardim do Éden. Foi isto que convenceu os irmãos de José quando disseram: "Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos. Por isso", disseram eles (e lembre-se, mais de vinte anos haviam se passado depois que eles o venderam como cativo), " por isso nos vem essa ansiedade".

É a consciência que devemos usar com nossos filhos antes de atingiram uma idade onde podem entender a Palavra e o Espírito de Deus. E é a consciência que acusa ou inocenta o ímpio.

A consciência é "uma faculdade divinamente implantada no homem, que o pede a fazer o que é certo". Alguém disse que ela nasceu quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, quando seus olhos foram abertos e "conheceram o bem e o mal". Ela julga, mesmo contra nossa vontade, os nossos pensamentos, palavras, e ações, aprovando ou condenando-os de acordo com a sua avaliação de certo ou errado. Uma pessoa não pode violar sua consciência sem sentir a sua condenação.

"Na verdade, a mim me parecia que muitas cousas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno" Atos 26:9. A própria consciência precisa ser educada.

Outra vez, a consciência frequentemente é como um relógio despertador, que a princípio desperta e acorda, mas com o tempo a pessoa se acostuma com ele, e então perde o seu efeito. A consciência pode ser asfixiada. Creio que cometemos um erro em não dirigirmos as pregações mais para a consciência.

Portanto, no devido tempo a consciência foi suplantada pela Lei de Deus, que no seu tempo foi cumprida em Cristo.

Neste país cristão, onde as pessoas têm Bíblias, a Palavra de Deus é o meio que Deus usa para produzir convicção. A Bíblia nos diz o que é certo e o que é errado antes de você cometer o pecado, e assim o que você precisa é aprender e apropriar-se de seus ensinos, sob a direção do Espírito Santo. A consciência comparada à Bíblia é como uma vela comparada ao sol lá no céu.

Veja como a verdade convenceu aqueles judeus no dia de Pentecostes. Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou que "este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo". "Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?" Atos 2: 36, 37.

Em terceiro lugar, enfim, o Espírito Santo convence. Algumas das mais poderosas reuniões de que já participei foram aquelas em que houve uma espécie de quietude sobre o povo e parecia que um poder invisível se apoderava das consciências. Lembro-me de um homem que veio à reunião e no momento em que entrou, sentiu que Deus estava lá. Um senso de reverência veio sobre ele, e naquela mesma hora sentiu convicção e se converteu.

Contrição
A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humillhação de coração por causa do pecado. Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos.
Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mãe, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: "Mãe, sinto muito. Perdoe-me".

Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou.

O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." "Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: "Arrependam-se! Arrependam-se!"

Confissão de pecado
Se tivermos verdadeira contrição, ela nos levará a confessarmos nossos pecados. Creio que nove décimos dos problemas em nossa vida cristã são resultado de não fazermos isso. Tentamos esconder e cobrir nossos pecados. Há muito pouca confissão deles. Alguém disse: "Pecados não confessados na alma são como uma bala no corpo".

Se você não tiver poder, talvez seja porque há algum pecado que precisa ser confessado, alguma coisa em sua vida que necessita ser removida. Não importa quantos salmos você cante, ou a quantas reuniões você compareça, ou o quanto você ore e leia a sua Bíblia, nada disso encobrirá esse tipo de problema. O pecado deve ser confessado, e se o meu orgulho me impede de confessar, não devo esperar misericórdia de Deus nem respostas às minhas orações.

A Bíblia diz: "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará" Provérbios 28:13. Pode ser um homem no púlpito, um sacerdote por trás do altar, um rei no trono _ não me importo quem ele seja. O homem está tentando fazer isso há seis mil anos. Adão o tentou e falhou. Moisés o tentou quando enterrou o egípcio que matou, mas falhou.
"Sabei que o vosso pecado vos há de achar." Números 32.23 Por mais que você tente enterrar o seu pecado, este tornará a aparecer mais cedo ou mais tarde, se não for apagado pelo Filho de Deus. Se o homem nunca conseguiu fazer isso em seis mil anos, é melhor você e eu desistirmos de tentar.

Há três maneiras de se confessar pecados. Todo pecado é contra Deus, e a Ele deve ser confessado. Há pecados que eu não preciso confessar a pessoa alguma no mundo. Se o pecado foi entre mim e Deus, devo confessá-lo sozinho no meu quarto. Não preciso cochichá-lo no ouvido de nenhum mortal. "Pai, pequei contra o céu e diante de Ti." "Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos."

Mas se fiz algo errado a alguma pessoa, e ela sabe que a prejudiquei, devo confessar o pecado não somente a Deus mas também a esta pessoa. Se o meu orgulho me impede de confessar meu pecado, não preciso ir a Deus. Posso orar, posso chorar, mas isso não adiantará. Primeiro confesse àquela pessoa, e depois a Deus, e veja com que rapidez Ele lhe ouvirá e lhe enviará a paz. "Se pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faz a tua oferta." Mateus 5: 23, 24. Esse é o caminho bíblico.

Há outra classe de pecados que devem ser confessados publicamente. Suponha que fui conhecido como um blasfemador, um alcoólatra ou um depravado. Se me arrependo de meus pecados, devo ao público uma confissão. A confissão deve ser tão pública quanto foi a trangressão. Muitas vezes uma pessoa dirá algo maldoso a respeito de outra na presença de terceiros, e então tentará apaziguar isso indo somente à pessoa prejudicada. A confissão deve ser feita de forma que todos os que ouviram a transgressão possam ouvir a confissão.
Somos bons em confessar o pecado de outras pessoas, mas se experimentarmos um verdadeiro arrependimento, ficaremos mais que ocupados cuidando dos nossos próprios pecados. Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo.

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" 1 João 1:9. Obrigado Senhor pelo Evangelho! Crente, se há algum pecado em sua vida, resolva confessá-lo, e seja perdoado. Não deixe nenhuma nuvem entre você e Deus. Garanta o seu título para a mansão que Cristo foi preparar para você .

Conversão
A confissão leva à verdadeira conversão, e não pode haver uma verdadeira conversão, até que se tenha dado esses três passos.

Agora a palavra conversão significa duas coisas. Dizemos que uma pessoa é "convertida" quando nasce de novo. Mas conversão também tem um significado diferente na Bíblia. Pedro disse: "Arrependei-vos...e convertei-vos" Atos 3:19. Existe uma versão que traduz assim: "Arrependei-vos e voltai-vos". Paulo disse que não foi desobediente à visao celestial, mas começou a pregar a judeus e gentios para que se arrependessem e se voltassem para Deus. Um certo teológo de outra época disse: "Todos nós nascemos de costas para Deus. O arrependimento é uma mudança de trajetória. É uma volta de cento e oitenta graus."

Pecado é afastar-se de Deus. Como alguém disse, é aversão a Deus e conversão para o mundo; enquanto que o verdadeiro arrependimento significa conversão a Deus e aversão ao mundo. Quando há verdadeira contrição, o coração está entristecido por causa do pecado; quando há verdadeira conversão, o coração fica liberto do pecado. Deixamos a velha vida, somos transportados do reino das trevas para o reino da luz. Maravilhoso, não é ?
A não ser que nosso arrependimento inclua essa conversão, não vale muito. Se alguém continua em pecado, é a prova de uma profissão inútil. É como bombear água para fora do navio, sem tampar os vazamentos. Salomão disse: "Se o povo orar... e confessar teu nome, e se converter dos seus pecados..." 2 Crônicas 6:26.

Oração e confissão não seriam de proveito nenhum enquanto o povo continuasse em pecado. Vamos prestar atenção à chamada de Deus. Vamos abandonar o velho caminho perverso. Voltemos ao Senhor, e Ele terá misericórdia de nós, e ao nosso Deus, porque Ele perdoará abundantemente.

Confissão de Cristo
Se você é convertido, o próximo passo é confessar isso abertamente: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" Romanos 10:9, 10.
A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento. Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstraçao, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso.
Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo!

Folhetinho evangelístico [amei!]: 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cante as Escrituras: Manifesto

Olhe para a música gospel brasileira e responda: O que você vê? Não sei qual será a tua resposta, mas gostaríamos de expor a nossa. As músicas atuais são vazias de teologia. Hoje, o que mais vemos são músicas carregadas de humanismo, auto-ajuda, triunfalismo, emocionalismo vazio e tantas outras mazelas. Diante de tal contexto, queremos afirmar três máximas que norteiam o nosso atual protesto pela reforma na música cristã brasileira.

1. Afirmamos que a música cristã deve ser centrada nas Escrituras;
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” Colossenses 3:16.


O texto diz que devemos ensinar uns aos outros através de salmos, hinos e cânticos. Logo, vemos que a música, além de louvar a Deus, serve para edificar aqueles que ouvem a letra. E quando isso acontece? Quando a palavra de Cristo habita em nós de um modo abundante. Se uma teologia bíblica for abundante em nosso meio, a música será um instrumento de edificação; se não, será uma difusora de heresias. Querem saber por que a música, hoje, é tão pouco bíblica? É exatamente porque a Palavra de Deus não é abundante na mente dos cristãos. 



Quer saber por que os momentos de louvor são tão mortos ou cheios de falso fogo? Por que não cantamos as Escrituras: “Meus lábios transbordarão de louvor, pois me ensinas os teus decretos” Salmos 119:171. Se ensinarmos os decretos do Senhor através das canções, os lábios dos cristãos transbordarão de louvor genuíno: “... eu te louvo por causa das tuas justas ordenanças” Salmos 119:164.

Precisamos perceber que os cânticos, salmos e hinos possuem um papel didático, como ocorria com os Salmos no povo de Israel. Comentaristas explicam que eles cantavam constantemente a Palavra sobre Deus, pois temiam que lhes sobreviesse o que Deus disse: “Se vocês se esquecerem de mim, os ferirei” cf. Deuteronômio 6:12-16. É por isso, talvez, que Paulo nos alerta que nos mantenhamos cheios do Espírito falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” Efésios 5:19. Logo, esse é nosso apelo aos músicos da Igreja de Deus: Cantem a Bíblia! Que vocês possam dizer como o Salmista: “Os teus preceitos são o tema da minha canção...” Salmos 119:54 e “A minha línguas cantará a tua palavra...” Salmos 119:172).

2. Afirmamos que a música cristã deve ser baseada nos Atributos de Deus;

Medite nas palavras de I Crônicas 16:29, onde diz: “[...] Adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade.” Perceba que esse texto nos manda adorar a Deus por conta de um dos Seus atributos: A Santidade. Veja, não é uma adoração vaga. Não é uma adoração vazia. Não é uma adoração baseada unicamente em emoções. É uma adoração baseada no que eu conheço de Deus. É exatamente isso que deve acontecer. Deus deve ser adorado não por conta de uma voz que nos leva a cantar ou por notas dissonantes que nos comovem, mas por causa dos atributos do nosso Criador e da Sua magnífica obra.

Se estudarmos a palavra “louvor”, nos surpreenderemos ao perceber que ela é um sinônimo da palavra “elogio”. Você não elogia ou louva uma pessoa porque está sentindo algum tipo de êxtase místico, mas por causa dos elogiáveis atributos dela. Percebemos isso se meditarmos no livro de Salmos. Veja quão ricos são tais louvores. Se você analisar com atenção, os atributos de Deus são vívidos naqueles hinos. Além disto, as ordenanças para adorar ao Senhor neste livro se baseiam constantemente em suas obras e atributos.

“Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.” (136:1); “Adorai o SENHOR na beleza da santidade.” (29:2) “Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom...” (135:3); “Louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome. [...] Todos os reis da terra te louvarão [...] E cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.” (138:2,4,5); “Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” (139:14).

3. Logo, Afirmamos que a música cristã deve expor Cristo.

Se as Escrituras testificam de Cristo (João 5:39) e se Cristo é a revelação do Pai (João 1:18); a conclusão lógica disto é que a música cristã, ao seguir as duas primeiras condições, naturalmente irá expor Jesus Cristo. Assim, como Cristo deve ser o centro de todas as ações da Igreja (cf. I Coríntios 10:31; Colossenses 3:17; Romanos 14:23b), para que Jesus seja normalmente exposto nas músicas que o povo de Deus canta, as duas primeiras condições precisam ser seguidas. Se a música não for centrada nas Escrituras nem baseada em quem Deus é, ela não irá expor Cristo de um modo suficiente, sendo, assim, um pecado contra Deus.

Nós, do grupo Cante as Escrituras, unanimemente professamos, pregamos e buscamos viver essas verdades. Essa é a mensagem que passamos com nossas manifestações e é o que oramos que a Igreja brasileira viva, para a glória de Deus e a alegria de Seu povo.


No amor de Cristo,

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Púlpito Cristão: Fábrica de Monstros


Por Avelar Jr.

 
Semanas atrás, o SBT exibiu uma matéria que tratou de uma menina conhecida por “missionarinha”, que, supostamente, curava pessoas num templo comandado por seu pai, que dizia-se “pastor”. Na reportagem, via-se claramente uma criança utilizada e moldada segundo o modelo imposto e emulado por pessoas religiosas e ávidas por sinais e maravilhas (e dinheiro também?) de que Deus a usaria para realizar prodígios de cura. A criança, em entrevista, dizia perante as câmeras que era “feliz”, que “gostava” do que fazia e que era “uma criança normal”, com um discurso quase que mecânico programado.

O pior de tudo o que foi exibido é que, depois de os declarados instantaneamente “curados” irem à frente – para o êxtase geral dos fiéis que lotavam o templo e, na certa, o gazofilácio daquele ministério também – pudemos observar tristes resultados: uma grande piora no quadro clínico de uma senhora que tinha esporões nos pés, sofria grandes dores e não podia andar direito; e o falecimento de um rapaz por complicações de um câncer que atingia os órgãos internos, que lhe causava dores abdominais e que o havia motivado a buscar sarar-se.

Coisas assim têm um impacto arrasador na fé das pessoas e no testemunho cristão. Assim, entrevistado por Roberto Cabrini, âncora do programa, que buscava explicações para essas sessões de curas que não davam certo, o pastor culpou a fé das pessoas, buscando afastar de si parte da responsabilidade pelas melhoras que não ocorreram. Foi de uma infelicidade funesta. Entretanto, isso não se trata de um evento isolado, mas de algo que já virou "feijão com arroz" no meio dito “evangélico”.

Mas o que tem causado essa busca desenfreada por milagres? De um lado há pessoas carentes que não têm mais a quem recorrer por não terem atendidas as suas orações e buscam qualquer coisa em que se apegar; de outro, pessoas que sabem utilizar essa situação em benefício próprio, incentivando a convicção de que todos obterão tudo o que querem, ignorando e deixando os outros ignorarem os desígnios soberanos de Deus para cada pessoa. Ainda existem aqueles que querem milagres como condição para crer e aqueles cuja fé só se sustenta por aquilo que vê. Temos um sistema de impiedade quase perfeito.

(Alguém aí se lembra dos fariseus que exigiam milagres de Jesus e foram repreendidos por ele? E dos adoradores das bestas prodigiosas do Apocalipse? E dos alertas quanto aos falsos profetas e falsos cristos que fariam sinais para enganar as pessoas? É importante lembrar que "cristos" significa "ungidos". Logo, prezada galera do "não-toqueis-nos-meus-ungidos", nem todo "ungido de Deus" é, de fato, um ungido de Deus, ok? Existe charlatanismo também e sintam-se devidamente alertados por Jesus!)

Há meio que um círculo vicioso em tudo isso, visto que a “fé” (não me refiro aqui à fé bíblica, mas à crença de que tudo vai ser como queremos se tivermos força de vontade: uma filosofia parecida com aquela do livro “O Segredo” que já se instalou há muito tempo no seio de algumas comunidades da igreja) se torna uma droga moral que causa dependência:

“Eu vou à igreja porque Deus vai fazer milagres”, não para escutar a palavra de Deus, servir ou ter comunhão com os irmãos; “eu vou contribuir porque eu quero restituição, quero muito mais do que eu dou”, não porque eu me sinta grato pelo que Deus me deu, pelo que tem feito em minha vida; “eu participo da obra de Deus porque vejo o poder de Deus agindo maravilhosamente”, não porque tenho obrigação de obedecer e servir, ou porque serviço deva ser algo que se brote naturalmente de um coração transformado por Deus; “eu contribuo, participo de campanhas e frequento os cultos porque, se não o fizer, eu posso ser castigado, empobrecido, amaldiçoado ou ver minha situação piorada, também porque eu posso ser mal visto pelos outros crentes e repreendido ou censurado pelo pastor”; “eu espero milagres do jeito que eu quero e quando eu quero justamente porque contribuí e cri, porque já paguei a Deus adiantado” (leia-se: “dei dinheiro à igreja ou aos líderes humanos dela” – vulgo: “semeei”, “plantei uma semente”); “eu não aceito um 'não' como resposta porque agora eu sou ‘filho do Rei’ e ‘decreto’, tenho ‘direitos a exigir’”, não porque o Rei é soberano e eu não, não porque o Rei é Senhor e eu servo...

E assim vamos rolando na esteira de uma linha de produção ideológica de “monstros”, que se autoalimenta de sua própria ambição e orgulho. Monstros criados e mantidos assim não podem ser comparados à igreja de Cristo porque não expressam o caráter e o espírito de Cristo ou de seus discípulos. Os discípulos de Cristo sempre estiveram junto dele por quem ele era, e não apenas pelo que ele fazia. O que ele fazia apenas testificava de quem ele era: o Salvador prometido por Deus, não um milagreiro errante ou um mágico de rua, digo, "de templos". Todavia não é essa a mentalidade que parece prevalecer no meio evangélico. E isto me assusta horrores!

Hoje temos um clube de viciados em sinais, de caçadores de recompensas, vampiros espirituais, mercenários que não se preocupam em arriscar a própria alma... O que me traz à lembrança que...

Tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” 1 João 2.16,17.

E que os crentes em Deus (e ilustre-se Deus aqui como: “um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas” + ”um terremoto” + “um fogo” 1Reis 19) não estão preparados realmente para crer em Deus (e ilustre-se Deus aqui como: “uma voz mansa e delicada” que diz “Que fazes aqui?”; Ou mesmo como “...O meu escolhido [de Deus]... [Que] promulgará o direito para os gentios. [Que] não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. [Que] não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; [Que,] em verdade, promulgará o direito. [Que] não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina.” trechos de 1Reis 19 e de Isaías 42).

O que temos é mais uma multidão que quer encher a barriga de pão e peixe enquanto deixa os aflitos e feridos de lado e que não poderá resistir ao ouvir o Senhor dos senhores dizer-lhes: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes... O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não crêem... Quereis vós também retirar-vos?” João 6.

 
Dificilmente encontraremos os bem-aventurados que após ouvirem algo assim dirão:
“Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.” João 6.

Será que vamos ter que sair mesmo peregrinando por aí com uma lanterna procurando aqueles que, mesmo no sofrimento e nas maiores dificuldades da vida, sorrirão de felicidade e de gratidão ao Mestre, que, tomando-lhes pelas mãos, sussurra... “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”? 2Coríntios 12.9.

Se depender do que estamos vendo na prática, porque a lei da oferta e da procura está incentivando a produção de monstros e da "fé monstruosa" a pleno vapor, algum cristão aí me empresta algumas pilhas, por favor?

***
Avelar Jr é professor de EBD (sim, elas ainda existem em algumas igrejas, e funcionam!) e colunista do Púlpito Cristão

O Evangelho de Jesus Cristo

Dica: Para ver em tamanho maior, aperte Fullscreen abaixo[FOLHETO] O Evangelho de Jesus Cristo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Escola de Obreiros

No canal do vimeo http://vimeo.com/user2725506 tem essas e outras pregações completas para  baixar em MP4, gratuitamente. 
"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai." Mateus 10.8


Introdução - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Introdução - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 1 | As Escrituras - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 1 | As Escrituras - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 2 | Oração Bíblica (Parte I) - Paulo Junior

Escola de Obreiros (Parte I) - Aula 2 | Oração Bíblica - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 2 | Oração Bíblica (Parte II) - Paulo Junior

Escola de Obreiros (Parte II) - Aula 2 | Oração Bíblica - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 3 | Caráter (Parte I) - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 3 | Caráter (Parte I) - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 4 | Caráter (Parte II) - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 4 | Caráter (Parte II) - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 5 | Ser Consumido Pela Causa - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 5 | Ser Consumido Pela Causa - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 6 | Preço do Ministério (Parte I) - Paulo Junior
Escola de Obreiros - Aula 6 | Preço do Ministério (Parte I) - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 7 | Preço do Ministério (Parte II) - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 7 | Preço do Ministério (Parte II) - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 8 | Demonstração de Poder (Parte I) - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 8 | Demonstração de Poder (Parte I) - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.


Aula 9 | Demonstração de Poder (Parte II) - Paulo Junior

Escola de Obreiros - Aula 9 | Demonstração de Poder (Parte II) - Paulo Junior from Defesa do Evangelho on Vimeo.